segunda-feira, 5 de março de 2007

U2, Boy (1980)

"A boy tries hard to be a man
His mother takes him by his hand
If he stops to think he starts to cry
Oh why”
(I Will Follow)

O punk já estava dando seus últimos suspiros quando aqueles quatro garotos da Mount Temple School, uma escola mista de Dublin, lançavam seu primeiro disco _“Boy”. Formados naquele caldo de cultura que incluía o punk, Led Zeppelin e o início do pós-punk, Paul Hewson, Dave Evans, Adam Clayton e Larry Mullen tinham iniciado, sem saber, algo completamente novo. Rápido sem ser punk; simples, mas bem tocado; épico, mas necessário, “Boy” tinha esses elementos que muita gente que entendia de rock, achava que o rock não iria mais ter.

Conheci U2 através do álbum “The Joshua Tree”, após tê-los ouvido pela primeira vez com atenção na falecida 95 FM, a rádio rock, justo quando eles estavam prestes a ganhar todos os Grammy´s naquele ano. No dia seguinte, comprei a fita cassete daquele álbum e nunca mais parei de ouvir U2. Era 1988, eu estava prestes a fazer 14 anos, mas foi quando eu ouvi “Boy”, meses depois, que tudo se encaixou.

"Boy" tem, na minha opinião, a melhor faixa de abertura de um disco dos anos 80 até hoje. “I Will Follow” sintetiza o álbum, sintetiza o que eram aqueles garotos aquele momento, cheios de sonhos, porém cheios de medos e cheios de fé em algo que até hoje só se explica quando vemos Bono cantando.

O disco é maravilhoso por inteiro. Do segué quase gótico composto por “An Cat Dubh/Into The Heart”, aos estilhaços lançados pelo petardo “Out Of Control”, às faíscas de “Electric Co.”, aos efeitos hoje quase bobos, porém perfeitamente adequados à época, usados pelo produtor Steve Lillywhite, em “Stories For Boys”, não há nada que pudesse ser mudado. O U2 estava pronto.

Cotação: *****


Other stuff:
CD brasileiro com encarte tremendamente mal editado. A edição em vinil era ruim, mas bem melhor que essa.

Cotação: *

3 comentários:

Renata D'Elia disse...

Então, o meu Achtung Baby não é censurado na foto do Adam. O seu é?

MO disse...

Rê,

O vinil certamente tinha o pinto mole dele lá. O CD eu preciso olhar.

Renata D'Elia disse...

nÃO FALA ASSIM DO Pinto do Adam...